Durante uma parada cardíaca, a agilidade no socorro pode fazer toda a diferença. Quanto mais rápido for o atendimento, maiores são as chances de sobrevivência. Nesse contexto, o treinamento em DEA (Desfibrilador Externo Automático) em ambientes de trabalho é fundamental para a segurança e preservação da vida.
O uso de desfibriladores é comum em locais hospitalares, mas também é imprescindível em outras localidades. Ambientes que tenham grande aglomeração, como shoppings, parques, hotéis e eventos precisam desse aparelho, assim como grandes empresas.
Neste artigo, explicaremos o que é o DEA, como ele deve ser usado e como procurar treinamentos práticos para o uso do aparelho. Para entender um pouco mais sobre o tema, continue a leitura!
O que é o DEA?
O DEA é um aparelho portátil utilizado no diagnóstico e tratamento de arritmias cardíacas. Ele verifica os batimentos e aplica um choque elétrico controlado nos casos necessários. De modo geral, ele funciona de maneira mais simples do que os desfibriladores clássicos, facilitando seu uso em locais não hospitalares.
O aparelho é de pequeno porte, leve, resistente e alimentado por baterias, otimizando o transporte e o manuseio. Ele é capaz de monitorar os batimentos cardíacos e a situação do paciente. Também faz com que o coração em estado de arritmia volte a ter o movimento completo de contração e descontração de seu músculo.
A utilização é indicada em casos de parada cardiorrespiratória, tratamento de arritmias malignas, fibrilação atrial ou ventricular e taquicardia. Portanto, ter um DEA disponível no local de qualquer uma dessas emergências, é fundamental para dobrar as chances de sobrevivência e salvar vidas.
Ainda é indispensável deixar o aparelho em um local de fácil acesso, ajudando para que na hora da necessidade ele seja rapidamente localizado. A rapidez é uma das coisas mais importantes nas emergências cardíacas, portanto o equipamento precisa ficar em um lugar que permita essa velocidade.
Como ele deve ser utilizado?
Além de ter o aparelho, é preciso saber como utilizá-lo de maneira correta. A presença de socorristas capacitados para a atividade garante mais segurança no processo e melhores resultados. Na sequência, mostraremos como o DEA deve ser usado.
Prepare o paciente
Antes de empregar o aparelho, a primeira etapa a ser feita é a realização da massagem cardíaca na vítima. O ideal é que alguém aplique essa etapa, enquanto outra pessoa busca e prepara o equipamento.
Ligue o aparelho
Ao ligar o aparelho, preste atenção às instruções de uso, que podem ser dadas pelo visor ou de forma sonora. É fundamental seguir os passos dados durante a instrução para garantir a realização correta de cada etapa.
Posicione os eletrodos
Quando for indicado, é hora de colocar os eletrodos no tórax do paciente. No DEA haverá indicativos de como e onde posicioná-los. Do lado direito, o eletrodo deve ser colocado abaixo da clavícula. No lado esquerdo, nas últimas costelas, abaixo do mamilo.
O posicionamento correto é imprescindível para que o choque atinja mais fibras cardíacas e, assim, ajude a pôr os batimentos em ordem.
Analise o ritmo
Na sequência, o aparelho fará uma análise do ritmo cardíaco da vítima. Após avaliar, ele indicará se há necessidade de aplicar o choque ou não. Caso não seja necessário, as compressões devem continuar, até a chegada do socorro.
Aplique o choque
Quando a aplicação do choque for necessária, peça que as demais pessoas do ambiente se afastem, evitando que fiquem próximas ao aparelho e, principalmente, o contato com a vítima.
Pressione o botão e deflagre o choque. Após isso, a compressão cardíaca deve ser feita imediatamente, contribuindo para que o coração volte a ter o funcionamento regularizado. Depois de 2 minutos, o aparelho fará uma nova avaliação e apontará o que deve ser feito.
É bom ressaltar que o DEA não deve ser retirado logo após o choque, pois os eletrodos precisam permanecer no paciente até a chegada do atendimento médico.
Como um bom treinamento de DEA pode ajudar a salvar vidas?
Para garantir a segurança dos funcionários, é importante providenciar um bom treinamento para a utilização do DEA. Procure uma empresa especializada para realizar as aulas e dar o treinamento adequado para a sua realidade.
Assim como nos demais procedimentos de primeiros socorros, os socorristas precisam estar preparados para as emergências, evitando erros de procedimento e manobras que podem prejudicar o atendimento.
O curso de DEA é importante para uma empresa e seus funcionários e precisa ser bem ministrado. Nele, os alunos aprendem a reconhecer uma parada cardíaca, realizar manobras básicas de reanimação e operar o equipamento. Além desses objetivos fundamentais, aprendem outros princípios importantes para realizar um atendimento seguro e qualificado, que também são úteis para outras emergências.
Entre esses princípios estão as normas para lidar com casos especiais. Homens com muitos pelos no tórax precisam ter o peito raspado para que os eletrodos funcionem da maneira correta. É preciso prestar atenção também nos pacientes que tenham marca-passo ou acessórios que possam prejudicar o tratamento.
Outros fatores que devem ser analisados são os casos dos pacientes molhados e as crianças. No caso do contato com a água, é preciso secar o local para garantir o direcionamento do choque para as fibras cardíacas. Já no caso das crianças de até 8 anos, o DEA conta com eletrodos específicos para essa idade.
Todo o treinamento tem como principal objetivo salvar vidas. A rapidez e conhecimento do atendimento evitam complicações nas emergências e deixam os pacientes prontos para receber a continuação do tratamento no hospital. Por isso, é fundamental que as empresas tenham o equipamento e disponibilizem treinamento para a utilização correta dele.
Neste artigo, falamos sobre o que é o desfibrilador externo automático e qual a importância desse aparelho para a segurança de uma empresa. Os passos de utilização são simples, porém, o treinamento em DEA é fundamental para garantir a total efetividade do equipamento. Com os cuidados tomados e a preocupação com esse tema, é possível fazer uma prevenção e ajudar a salvar vidas.
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